7.8.07

TIRANDO DÚVIDAS


Pergunta: O que e quais são os timbres vocais? Obrigado, Leonardo Avignon.

Resposta: Impossível, diante de tantas controvérsias a respeito deste tema, uma resposta que possa ser considerada definitiva e correta, mas vou postar aqui mesmo neste blog, mas em um outro tópico (Artigos Mais Que Interessantes >> http://ocantodocanto.blogspot.com/2007/08/gene-kelly-protagoniza-este-que-um-dos.html ) um interessante artigo, que vai esclarecer muitas de suas dúvidas, mas lembre-se, o artigo foi escrito baseado em estudos de 1847. Técnicas, classificações de timbres e regiões vocais nunca são únicas e definitivas, ou seja, não existe uma verdade sobre este assunto. "Tudo é relativo" e o diferente não significa necessariamente errado. pela University of Washington, EUA.


Pergunta: Adorei seu blog!! Achei bem legal os textos, principalmente o que fala sobre os cuidados com a voz..........eu tenho reparado uma leve roquidão na minha voz ultimamente, coisa que eu nunca tive. A roquidão vem e passa em uns dois ou três dias, mas mesmo assim acho que vou procurar um otorrinolaringologista.
Eu fazia aula particular de canto erudito há uns 4 anos mais ou menos e nesses 4 anos eu nunca tive roquidão. Agora, comecei a ter; parece que minha faringe ou traqueia, sei lá, estão mais sensíveis a ar condicionado e bebidas geladas. Toda vez que canto com o ar do lugar ligado, fico rouca. E se tomo algo muito gelado por muito tempo tb fico rouca. Isso não acontecia antes. Como eu sei que vc tem muita experiência, talvez vc possa saber uma razão pra isso estar acontecendo....

Manuela

Resposta:

Manu, estou lhe enviando o que eu acho que seja importante que vc saiba a respeito de rouquidão ainda que de uma forma resumida, já que as causas podem ir desde simples alergias, estresse até doenças um pouco mais complicadas. A tosse e a rouquidão são sintomas comuns que, na maioria das vezes, não têm consequências graves, mas podem esconder problemas sérios.

Rouquidão é uma palavra usada pela maioria das pessoas para referir uma alte­ração do seu tom de voz natural. Em termos médicos, é conhecida como disfonia e tanto pode ter uma causa simples como ser o primeiro sinal de algo mais grave.

O diagnóstico de qualquer rouquidão, que não resolva no prazo de 15 dias, deve, pois, ser realizado por um especialista de Otorrinolaringologia. Aliás, eu SEMPRE recomendo aos meus alunos que procurem, antes mesmo de iniciarem as aulas de canto, um otorrino e que periodicamente façam exames. Alguns profissionais da voz são um pouco menos atentos ao fato do aluno estar usando a respiração, articulação e tudo que envolve a impostação vocal de forma correta e por outras vezes alguns alunos não dão a importância devida aos exercícios e são displicentes. Por isso eu e gravo os vocalizes procurando estar ao lado dos alunos e não ao piano, porque estando de costas eu não posso verificar se o aluno está de fato exercitando o diafragma corretamente. Ainda assim, alguns alunos só fazem o exercício corretamente quando estou perto deles. Quando passo para o aluno ao lado eles param...

Bem, pelo que vc explicou, quando fazia aulas de canto erudito não costumava ficar rouca, então, de imediato, penso que, como a impostação vocal (o uso correto do diafragma que poupa as pregas vocais na emissão do som) é um exercício físico (o trabalho do diafragma e pregas vocais é muscular), que ao deixar os exercícios por um tempo ou ter deixado de fazê-los de forma correta e disciplinada, seja a causa da sua rouquidão, que eu arriscaria dizer que é uma rouquidão funcional.

Ainda assim, pode ser que essa rouquidão que tem agora nada tenha a ver com a colocação incorreta da voz pelo abandono do uso do diafragma na respiração e que não seja funcional.

Como eu disse, a rouquidão ou disfonia, sendo um sintoma frequente, pode ter causas vulgares como uma simples constipação, que se resolve em poucos dias, ou ser causada por algo mais grave.

A voz é o som que resulta da vibração das pregas vocais e de todas as estruturas do chamado aparelho fonador. A laringe é como se fosse um pequeno tubo que comunica a cavidade oral com a traquéia, levando o ar até os pulmões. Ela contém as pregas vocais e, quando o ar sai dos pulmões, ele vibra essas pregas, que se movimentam reduzindo ou aumentando a passagem do ar, produzindo sons que se amplificam no percurso até a boca. O que faz isso tudo acontecer de forma CORRETA é o diafragma, que, quanto mais fortalecido, mais facilmente impulsiona o ar pela coluna de ar fazendo com que ele vibre as pregas vocais e que o som seja emitido apenas por essa vibração e “acima” das pregas.

As pregas vocais podem ser acometidas por várias doenças, incluindo o câncer de laringe, os nódulos e os pólipos. Alguns desses problemas resultam de uso excessivo da voz, sendo completamente revertidos após descanso vocal como pode ser o casa da rouquidão.

Vamos lá:

Rouquidão

A rouquidão ou disfonia é um problema bastante comum na população, sendo definida como qualquer alteração no caráter da voz. É a falta de clareza do som. Na grande maioria das vezes, é um problema transitório, associado a infecções da laringe. A rouquidão pode ser classificada como aguda (curta duração) ou crônica (15 dias ou mais).

As causas de rouquidão podem ser divididas em dois grandes grupos:

1. Funcionais

Nesse grupo, a rouquidão é causada pelo próprio uso da voz, não sendo encontrada nenhuma doença das cordas vocais. São dois os mecanismos responsáveis:

• Uso incorreto da voz: pode ocorrer devido à imitação de outros padrões de voz, que não o do próprio indivíduo; em casos de indivíduos que usam intensamente a voz (como os cantores), mas que não tomam os cuidados adequados.

• Inadaptações fônicas: ocorre devido à falta de adaptação do aparelho fonador à produção da fala. Essas inadaptações podem ser anatômicas, como malformações da laringe, o que dificulta a produção dos sons; ou funcionais, como alterações das relações fala/respiração, fala/deglutição.

2. Orgânicas

Ocorre quando encontramos alguma alteração anatômica das pregas vocais. Existem vários tipos:

• Nódulos, pólipos: são tumores benignos das cordas vocais, e podem se originar do mau uso da voz.

• Cistos: são tumores também benignos, que contém líquido no seu interior (são como "bolsas de líquido").

• Edema de Reinke: é o inchaço das cordas vocais, que ocorre devido ao tabagismo (fumo). Esse inchaço prejudica a movimentação das pregas vocais. É a principal causa de voz rouca e grave em mulheres fumantes.

• Papilomas: são tumores vegetantes (com aspecto semelhante ao de "couve-flor"). Eles causam rouquidão importante.

• Paralisia das pregas vocais: ocorre quando há uma lesão dos nervos que comandam as pregas. Existem várias causas: cardíacas, tumores de outros locais próximos, após cirurgias na região.
Existem outras causas também comuns, como o refluxo gastresofágico (há passagem de secreção ácida do estômago para o esôfago, que pode alcançar a laringe e irritar as pregas vocais); gripes e resfriados; após esforço vocal intenso (após shows, jogos de futebol).
Entre os casos de rouquidão aguda, a causa mais comum é a laringite aguda, ou seja, inflamação aguda da mucosa da laringe devido a infecções por vírus ou bactérias. Nesses casos, a rouquidão pode aparecer sozinha ou se acompanhar de outros sintomas, como tosse, coriza ("nariz escorrendo"). Geralmente surge após uma gripe ou resfriado, não requerendo tratamento e desaparecendo espontaneamente.


Toda pessoa com quadro de rouquidão que dure mais de 10-15 dias deve procurar um médico para avaliação detalhada. A maioria das causas agudas (laringite aguda) resolve-se antes de 10 dias, e não requer maiores preocupações. Já a rouquidão crônica, duradoura, demanda atenção especial.

Tratamento

O especialista responsável é o otorrinolaringologista, e ele é capaz de fazer exames que permitem a visualização das pregas vocais. Com isso, ele consegue identificar a presença de lesões que podem ser responsáveis pela rouquidão. O tratamento vai, então, depender do tipo de causa.
Nos casos funcionais, o principal tratamento é a chamada fonoterapia e/ou impostação vocal. O paciente aprende como usar a fala de maneira mais equilibrada e adequada. Isso é conseguido pela realização de exercícios específicos, orientados por profissional capacitado.
Os papilomas são tratados com cirurgia, porém a possibilidade de recidiva é grande. A paralisia de pregas vocais é tratada com fonoterapia e/ou impostação vocal.


Sobre a rouquidão crônica e aguda:

A rouquidão pode ser aguda ou crônica, mais prolongada no tempo. A maioria das causas de rouquidão aguda consiste em processos auto limitados. Por vezes, ocorrem de forma súbita, como após um esforço vocal muito intenso como um grito. Na maioria das vezes, o que acontece é que devido a um esforço súbito e muito intenso ocorre uma hemorragia acompanhada de edema (inchaço) da corda vocal, o que impede a sua interação perfeita com a outra corda vocal, daí advém a rouquidão. Nestes casos, o tratamento consiste essencialmente em repouso da voz durante vários dias. Já a laringite aguda pode iniciar-se por uma infecção respiratória superior e, normalmente, tem como sintoma inicial uma dor de garganta. As cordas vocais apresentam-se vermelhas e inchadas. O tra­tamento consiste no repouso vocal e no tratamento da causa subjacente, ou seja, da infecção que originou a rouquidão. «As bactérias mais frequentes que provocam este tipo de rouquidão são a Moraxella catarrhalis, o Haemophilus influen­za, os Pneumococos, o Estreptococos e os Estafilococos». Um dos fatores que contribuem para o aparecimento da laringite aguda é a utilização do ar condicionado, uma vez que provoca alterações súbitas do meio ambien­te, favorecendo o desenvolvimento das bactérias ou dos vírus. A rouquidão também pode ser provocada pelo stress ou por algum distúrbio psicológico ou psiquiátrico. O tratamento destas situações, após o diagnóstico, passa pela resolução do conflito emocional, reeducação da musculatura laríngea e, por vezes, a terapia da fala.

e mais......


DISTÚRBIOS VOCAIS E DISFONIAS

Existem relações entre a saúde vocal, os distúrbios da voz (disfonias) e as condições de trabalho.
UMA DISFONIA REPRESENTA QUALQUER DIFICULDADE NA EMISSÃO VOCAL QUE IMPEÇA A PRODUÇÃO NATURAL DA VOZ.


Essa dificuldade pode se manifestar por meio de uma série de alterações:
esforço à emissão da voz
dificuldade em manter a voz
cansaço ao falar
variações na frequência habitual
rouquidão
falta de volume e projeção
perda da eficiência vocal
pouca resistência ao falar


A disfonia é, na verdade, apenas um sintoma presente em vários e diferentes distúrbios, ora se manifestando como sintoma secundário, ora como principal. O indivíduo que padece de um distúrbio vocal sofre limitações de ordens física, emocional e profissional.

TIPOS DE LESÕES

Os principais tipos de lesões orgânicas resultantes das disfonias funcionais são: nódulos, pólipos e edemas das pregas vocais.

Estas 3 alterações da mucosa da prega vocal têm como característica comum, o fato de representarem uma resposta inflamatória da túnica mucosa a agentes agressivos, quer sejam de natureza externa, quer sejam decorrentes do próprio comportamento vocal.

Nódulos
Os nódulos resultam de: fatores anatômicos predisponentes (fendas triangulares), personalidade (ansiedade, agressividade, perfeccionismo) e do comportamento vocal inadequado (uso excessivo e abusivo da voz).O tratamento dos nódulos é fonoterápico. A indicação cirúrgica, todavia, pode ser feita quando os mesmos apresentam característica esbranquiçada, dura e fibrosada, ou ainda quando existe dúvida diagnóstica.


Pólipos
Os pólipos são inflamações decorrentes de traumas em camadas mais profundas da lâmina própria da laringe, de aparência vascularizada.O tratamento é cirúrgico. A voz típica é rouca.As causas podem ser: abuso da voz ou agentes irritantes, alergias, infecções agudas, etc.


Edemas das pregas (cordas) vocais
Os edemas relacionam-se com o uso da voz. Normalmente são localizados e agudos.O tratamento é medicamentoso ou através de repouso vocal.
Os edemas generalizados e bilaterais representam a laringite crônica, denominada Edema de Reinke. É encontrada em pessoas expostas a fatores irritantes externos, especialmente o tabagismo (fumo) e o elitismo, sendo o mais importante fator associado ao uso excessivo e abusivo da voz. Quando discretos, os edemas podem ser tratados com medicamentos e profissionais da voz, professores de canto e fonoteraeutas, assegurando-se a eliminação de seu fator causal; quando volumosos, necessitam de remoção cirúrgica, seguida de reabilitação fonoaudiológica.


Infecções
Os fatores infecciosos, incluindo as sinusites, diminuem a ressonância e alteram a função respirstória, produzindo modificações na voz.
O efeito primário das infecções das vias aéreas superiores têm efeito direto sobre a faringe e a laringe, podendo provocar irritação e edema das pregas vocais. Estes processos infecciosos podem gerar atividades danosas, como o pigarro e a tosse que, por sua vez, podem causar traumatismos nas pregas vocais.
Há também fatores imunológicos, endócrinos, auditivos e emocionais, que podem causar transtornos na emissão da voz.


LARINGITE CRÔNICA

O agravamento das irritações crônicas da laringe é denominada laringite crônica.
Os sintomas são: rouquidão e tosse, com sensação de corpo estranho na garganta, aumento de secreção, pigarro e, ocasionalmente, dor de garganta.
O tratamento envolve a eliminação dos fatores que provocam a irritação da laringe (exposição a produtos químicos e tóxicos, nível elevado de ruídos, maus hábitos alimentares, refluxo alimentar devido a gorduras, pigarro crônico, etc.), além da promoção de hábitos que melhoram a higiene vocal, evitando os abusos da voz.


QUEM CUIDA DAS SUAS PREGAS (CORDAS) VOCAIS ?

Rouquidão provocada por gripe ou resfriado pode ser tratada por um Médico clínico geral ou Pediatra. No entanto, se ela durar mais de 2 semanas ou se não tiver uma causa evidente, deverá ser avaliada por um especialista em voz: o Médico otorrinolaringologista (especialista em nariz, ouvidos e garganta). Problemas com a voz são melhor conduzidos por um grupo de profissionais que inclua o Médico otorrinolaringologista, professor de canto (impostação vocal) e um fonoaudiólogo.

Sobre o ar condicionado e as bebidas geladas:

Se vc aquece seus músculos e depois os atinge com temperaturas baixas, é óbvio que isso não é saudável. Respirar pela boca traz um ar menos aquecido e menos puro para os pulmões, mas ao cantarmos não quer dizer que tenhamos sempre que respirar pelo nariz. Com a voz no lugar correto (impostada), ainda que o ar que entre tenha uma temperatura baixa, isso não deveria causar a rouquidão com a frequência que vc descreve. Pode ser entretanto, que o filtro do ar condicionado não esteja limpo adequadamente e que esteja prejudicando-a com bactérias. Tomar bebidas geladas entretanto é um pouco mais “trágico”. Tente esperar ao menos 40 minutos após ter aquecido “a voz” com exercícios, antes de tomar quaisquer bebidas geladas. Em todo caso eu torno a repetir – é fundamental um otorrino para acompanhá-la por toda a vida, porque vc faz mais uso da sua voz, que outras pessoas que não cantam, ok?

Quaisquer outras dúvidas, basta entrar em contacto como o fez, será um prazer tentar ajudá-la,
Patrícia Evans.


Pergunta:

Boa tarde!

Encontrei o blog de vocês no Google e tenho algumas perguntas a fazer. Se puderem me dar alguma dica, serei muito grato. Ocorre o seguinte:
Há dois anos comecei a fazer aulas de técnica vocal. Por aproximadamente três meses fiz aulas com um renomado professor de canto em São Paulo. Esse professor me avaliou como tenor, dizendo que eu tinha facilidade com os agudos, mas a verdade é que eu forçava demais a garganta e terminava as aulas sem voz.
Resolvi procurar uma escola de música. Minha primeira professora enfatizou a questão da afinação, mas eu sentia que estava estacionado. Não evolui praticamente nada. No meio de 2007, essa professora teve que mudar os horários, e passei a ter aula com outro profissional.
Com o novo professor eu assimilei alguns conceitos, como ressonâncias, importância do falsete. Mas ocorre que sinto minha voz muito presa, sem projeção.
O que preciso saber de vocês é se eu devo procurar uma fono, antes de voltar às aulas de canto. Já fui ao otorrinolaringologista, fiz exames... e pelo que ele disse foi constatado que não tenho problemas nas cordas vocais, mas tenho um pequeno desvio de septo e uma inflamação nos cornetos.
Tenho 22 anos e desconfio que ainda não sei utilizar minha voz da forma correta. O que devo fazer?

Desde já agradeço a atenção.

André Salvagno.


Resposta:
Olá, André, sei que a fonoaudióloga Mônica Valle já lhe respondeu por email e concordo que é necessária uma avaliação antes de arriscar quaisquer opiniões sobre seu “problema”.
Entretanto, gostaria de lhe perguntar algumas coisas na intenção de fazê-lo questionar-se e talvez entender melhor o que pode estar ou não causando seu desconforto e insatisfação ao cantar.

1 - Seu professor o qualificou tenor depois de quantas aulas? Quanto tempo após vc ter iniciado seu trabalho vocal? Esta pergunta é porque não se deve qualificar uma região vocal sem que a voz já esteja impostada, com raríssimas exceções, quando a região é óbvia. Isso acontece, porque o ser humano comum, que não tem a voz trabalhada tende a falar e/ou cantar abaixo da sua região vocal natural (abaixo = mais grave), que só é resgatada após a impostação. Extensão vocal NADA tem a ver com região vocal. Às vezes um barítono tem uma extensão vocal suficientemente boa para alcançar agudos de tenores, mas não tão confortavelmente como os tenores e é o conforto ao falar/cantar (após a voz estar impostada) que define a sua região. Quanto maior a extensão vocal (número de notas que vc consegue emitir – desde a nota mais grave até a mais aguda), mais difícil a qualificação da região vocal (baixo, barítono ou tenor no caso dos homens). Não sei se seu professor precipitou-se ao qualificar sua voz ou se vc sente dificuldade nos agudos, porque não está usando o diafragma como deveria. A única coisa que tenho CERTEZA é que ao terminar uma aula de canto, vc pode sentir-se desde exausto, tonto, (a ressonância de vozes “grandes” pode incomodar), MENOS ROUCO! Vou arriscar (embora não o devesse) culpar a sua respiração e por vários motivos; primeiro porque vc diz que seu professor era extremamente qualificado e depois porque vc cita ter desvio de septo nasal. Mas, como disse antes,
nada poderá ser afirmado com certeza sem uma avaliação.

2 – Como é a sua respiração ao cantar? Vc usa o diafragma? Algum professor alguma vez lhe explicou algo sobre a respiração correta para emissão do som?
André, cantar É saber respirar. Somente a respiração correta, o exercício contínuo do diafragma, conseguirá o que chamamos “uma voz pousada no ar” (voz impostada), que é quando o ar passa pelas pregas vocais fazendo-as vibrarem evitando assim, que se “choquem” (voz na garganta). Seu diafragma é de fato trabalhado para isso?
Esta pergunta deve-se ao fato de vc ter comentado que tem desvio de septo e o desvio de septo nasal, entre outros problemas, é
conseqüência de uma respiração errada, e não a causa. A respiração incorreta começa quando ainda somos bebês, na amamentação. Como sempre digo e repito, quem tem ouvido musical natural (afinação), para cantar corretamente “basta” aprender a respirar corretamente. O desvio de septo não causa grandes problemas, desde que não esteja obstruindo o fluxo de ar pelo nariz e isso depende da região em que está localizado.

3 - Você respira normalmente pelo nariz ou pela boca?
O normal nos mamíferos, incluindo o ser humano, é respirar pelo nariz. Desse modo o ar chega filtrado e limpo, na temperatura ideal para o organismo realizar suas trocas gasosas, oxigenar o cérebro e gerar energia ao corpo. Nada há de errado em respirar pela boca ao cantar. A idéia que somente devemos respirar pelo nariz ao cantar não é correta. É
melhor respirar pelo nariz, entretanto, quando precisamos de ar rápido, em grande quantidade e quando o intervalo é curto, não há problema em respirarmos pela boca ao cantarmos (a não ser que esteja nevando............)
Esta pergunta, André, é outra vez por causa do desvio de septo nasal, que não sei se o está impedindo de respirar pelo nariz naturalmente e aqui a preocupação é que além de isso poder dificultar o aprendizado da respiração correta, o que pode estar causando seu desconforto e insatisfação ao cantar, é que se você é normalmente um respirador bucal / oral, a médio ou longo prazo, isso poderá acarretar apnéias, distúrbios do sono e até mesmo enxaquecas, ronco, bruxismo, dor na coluna, entre outros, mas calma! Nada de pânico se vc for um respirador bucal – há como corrigir e curar tudo isso através da correção da mastigação e da respiração, por exemplo. Cerca de 70% da população possui algum grau de desvio septal, que pode ou não causar obstrução nasal.


Outra observação é sobre a inflamação dos cornetos que você diz ter; o interior das cavidades nasais apresenta três relevos chamados conchas ou cornetos nasais - superior, médio e inferior - que delimitam espaços chamados meatos nasais superior, médio e inferior. Seios da face ou seios paranasais são cavidades cheias de ar localizadas nos ossos da face, ao redor das cavidades nasais, que se comunicam por orifícios próprios com os meatos nasais anteriormente referidos. Como os seios nasais são uma importante “ área de ressonância”, a inflamação dos cornetos pode estar dificultando a impostação ou o conforto ao cantar.

André, não ter problemas nas pregas vocais é excelente! Mas fazer o uso da voz constantemente de forma inadequada pode causar danos às pregas.

As perguntas, observações e respostas às perguntas não substituem uma avaliação com um profissional de fonoaudiologia, mas poderão fazê-lo entender e daí também explicar melhor ao fonoaudiólogo sobre seu desconforto. Nenhum dos problemas citados, entretanto impede que você freqüente aulas de canto, desde que você faça o professor ciente da extensão exata de seus problemas, para que o mesmo possa ajudar o trabalho do fonoaudiólogo aliando conhecimentos para um progresso mais rápido. Colocar ambos profissionais em contacto é uma ótima idéia.

Qualquer outra dúvida, por favor, escreva,
Patrícia Evans

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Pergunta: Olá, mulheres têm falsete? O que é falsete?
Lucia Mendes.

Resposta: Oi, Lu! Excelente pergunta. Há hoje em dia quase uma "guerra" a respeito dessa questão entre os professores de canto erudito e os de canto popular. Os primeiros alegam que não e os outros que sim. Vamos ver se consigo deixar a questão um pouco mais clara, ok?

Falsete (<
italiano falsetto = "tom falso") é técnica vocal por meio da qual o cantor emite, de modo controlado (não natural, por isso "falso"), sons mais agudos que os da sua faixa de freqüência acústica natural (tessitura).
É assim chamada por depender diretamente da contração de uma estrutura
laríngea denominada falcius. É especialmente usada por cantores do sexo masculino para alcançar os registros de contralto (alto), meio-soprano e, eventualmente, de soprano. No falsete, a voz é gerada numa região da garganta que não permite um controle tão preciso de tom quanto é o controle natural do cantor. Dessa forma, é necessário um treinamento especial para que o uso de falsete não prejudique a execução da peça musical. Bem empregada, com conhecimento e domínio, confere efeitos especiais admiráveis e, portanto, beleza adicional, ao canto.

AINDA:

Falsete é uma palavra que vem do italiano 'falsetto' (imitar, falsificar). É usado apenas para as vozes masculinas e foi nominado assim numa época em que as mulheres não podiam se apresentar ao vivo (Idade Média) e os papéis femininos tinham que ser interpretados por homens. Os homens 'assumiam' as vozes femininas nas suas representações em peças, óperas e operetas, cantando em 'falsetto', ou seja, o falsete era inicialmente empregado para performance de "falsa voz feminina". O falsete utiliza músculos que têm pouca participação direta na ativação das pregas vocais. Na emissão em falsete as pregas vocais estão alongadas, porém com pouca tensão. Utilizado como recurso para alcançar tons mais agudos, o falsete não requer esforço muscular, como apôio abdominal ou respiração costo-diafragmática, o que torna a laringe a responsável por produzir este tipo de som. Assim, se falsete é a voz masculina imitando a feminina, caso a mulher tivesse falsete teria que ser o inverso - seria a mulher imitando a voz masculina, o que não é possível, por mais grave que seja a região feminina, porque não há como emitir "falsos" graves. Falsete é o modo de se emitir a voz. Está associado à noção de registros vocais. Em relação à voz, registro refere-se aos diversos modos de se emitir os sons da tessitura. De modo geral reconhece-se a existência de três registros: o basal, o modal e o elevado. O falsete é um dos sub-registros que compõe o registro elevado, que é o das notas mais agudas da tessitura. A mudança para o falsete corresponde a uma necessidade fisiológica de se prosseguir numa escala musical em ascendente.

AINDA:


Sob o aspecto anatômico, falsete é um modo particular de vibração das cordas vocais que permite ao cantor emitir a nota mais aguda com menor esforço, ou, alternativamente, emitir uma nota mais aguda que se conseguiria com esforço normal. Produz-se por estiramento das cordas vocais em seguida à inclinação da cartilagem tireóidea, que gera vibração por justaposição das cordas ao invés de por batimento.
Esse modo de emissão pode resultar dum efeito intencional ou tão-somento reflexo da laringe, que é como que forçada a emitir sons mais agudos do que o faria normalmente (inclusive quando se acha sob estresse), protegendo-se por emitir os sons em falsete (falsetto). Os cantores passam então a treinar sua emissão musical técnica, de modo a controlar a zona de passagem, dos agudos em voz plena para os correspondentes em falsete, obtendo, assim, o chamado "falsetom" (<
italiano falsettone), técnica frequentemente utilizada na ópera barroca.

MAIS:

Existem professores de canto popular que alegam que mulheres têm falsete, mas como vc pôde perceber acima, falsete é um termo derivado e usado exclusivamente para vozes masculinas "imitando" vozes femininas. Normalmente o que é considerado falsete na voz feminina, por esses professores, nada mais é que a voz "pousada" sobre o ar (corretamente impostada) e "emitida" na principal "caixa" de ressonância - os seios faciais - chamada equivocadamente de "voz de cabeça" . Como a mulher tem uma 'passagem' de voz mais evidente que o homem, quando em escala ascendente a sonoridade da voz feminina muda dando a impressão de ser uma voz falsa. Com um trabalho vocal correto essa passagem fica menos evidente assim como a mudança da sonoridade. O termo falsete está ligado unicamente ao contexto histórico quando homens interpretavam papéis femininos e imitavam suas vozes.
Apesar disso, como o termo está sendo amplamente utilizado para denominar a voz natural feminina em escala ascendente depois da "passagem", hoje em dia é comum ouvirmos e aceitarmos que mulheres têm falsete. É como "gírias", ortografias incorretas ou outras tantas palavras usadas com sentido errôneo durante tanto tempo, que acabaram sendo incorporadas ao vocabulário e aceitas como corretas.

Espero ter esclarecido,
quaisquer dúvidas é só perguntar,
Patrícia Evans.
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OUTRAS DÚVIDAS E TERMOS MUSICAIS:


AS PALAVRAS SUBLINHADAS SÃO LINKS.



ACORDE é a escrita ou execução de três ou mais notas simultaneamente. Para alguns teóricos, o acorde só se forma à partir de três ou mais notas, reservando a palavra intervalo para a execução de duas notas simultâneas. Os acordes são formados a partir da nota mais grave, onde são acrescentadas as outras notas constituíntes. Por isso, um acorde deve ser lido de baixo para cima. A formação dos acordes, assim como as escalas está intimamente ligada com a chamada série harmônica.

AFINAÇÃO, na música, embora muitas vezes confundido com calibragem, corresponde ao processo de produzir um som equivalente a outro (embora provavelmente de timbre diferente), por comparação. É, assim, classificado qualitativamente como bom ou mau (boa afinação/má afinação).
A comparação pode ser entre
uníssonos ou com intervalos vários. Próxima à afinação entre uníssonos está a utilização de um intervalo de oitava (por ser a mesma nota, embora numa escala diferente).
Um facto curioso que pode ocorrer durante a afinação (dependendo do
instrumento), é a ressonância. Por exemplo, é frequente, durante a afinação de uma guitarra, uma corda reagir ao som de outra corda, sinal de que a afinação está bem feita. A afinação pode processar-se de diversas maneiras:
aumentando ou diminuindo a
tensão das cordas, nos instrumentos de cordas;
aumentando ou diminuindo a largura ou comprimento dos
instrumentos de sopro;
Afinação e
temperamento não são a mesma coisa. A afinação envolve o ajuste, por uníssonos ou intervalos naturais (que podem ser expressos por fracções de inteiros), da altura das notas de um instrumento às de um outro ou, por exemplo, de uma corda de guitarra a uma outra. Se o intervalo não estiver afinado naturalmente, ouve-se um batimento produzido pelos harmónicos desafinados (uma vibração ondulante tipo «uáuáuáuá»); se estiver afinado, não se ouve esse batimento. O temperamento envolve o ajuste da altura de notas afastando os intervalos do seu valor natural «harmónico» para fazer com que os intervalos caibam numa oitava. Os intervalos resultantes geram batimentos e são intervalos que só podem ser expressos por números irracionais.

ANDAMENTO Chama-se de andamento ao grau de velocidade do compasso. Ele é determinado no princípio da peça e algumas vezes no decurso da mesma. Os termos são, geralmente, em italiano, mas muitos compositores os escrevem em sua língua materna.

ADÁGIO (do italiano Adagio) é um andamento musical lento, por consequência peças musicais com esse tempo são conhecidas como adágios. Costuma situar-se entre 66 e 76 batidas por minuto em um metrônomo tradicional, sendo, portanto, mais rápido que o Lento e mais lento que o Adagietto e o Andante. São comumente adágios o segundo movimento de um concerto e o segundo ou terceiro movimento de uma sinfonia.

ALLEGRO (italiano para alegre) é um andamento musical leve e ligeiro, mais rápido que o Allegretto e mais lento que o Presto. Nos metrônomos, o Allegro costuma situar-se entre 120 e 168 batidas por minuto. Na maior parte das vezes, o termo aparece acompanhado de outras expressões, como em Allegro ma non troppo (alegre mas não muito), Allegro molto (muito alegre), Allegro maestoso (alegre e majestoso), entre outros. O primeiro e/ou o último movimento de sonatas, sinfonias e concertos costumam ser neste andamento.

ALTURA em música, refere-se à forma como o ouvido humano percebe a freqüência dos sons. As baixas freqüências são percebidas como sons graves e as mais altas como sons agudos. Como em vários outros aspectos da música, a percepção das alturas é relativa. Isso significa que a maioria das pessoas percebe as alturas em relação a outras notas em uma melodia ou um acorde. Algumas pessoas tem a capacidade de perceber cada freqüência de modo absoluto. Diz-se que estas pessoas têm ouvido absoluto. Embora a altura esteja intimamente relacionada com a freqüência, é mais comum, em música, que se utilizem os nomes das notas. e os nomes das notas são definidos de acordo com sua disposição dentro de uma escala musical. Existem muitas escalas possíveis, desde a escala pentatônica chinesa até as escalas microtonais indianas (Ragas). Na música ocidental costuma-se utilizar uma escala de 7 notas, a escala diatônica que pode estar em modo maior ou menor. Na escala de Dó maior, por exemplo, as notas, correspondentes às alturas são: Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá e Si, após o que os nomes se repetem. A distância entre duas alturas percebidas é chamada de intervalo. A distância entre a nota Dó e a próxima nota Dó é chamada de intervalo de oitava (por ser a oitava nota a partir do primeiro Dó). A percepção dos intervalos pelo ouvido humano é logarítmica. Isso significa que uma progressão exponencial de freqüências é percebida pelo ouvido como uma progressão linear de intervalos. Vejamos um exemplo: a nota Lá acima do Dó central do piano (normalmente chamada Lá4) tem freqüência de 440Hz. A nota Lá uma oitava abaixo (Lá3) tem exatamente a metade da freqüência (220Hz). A nota Lá uma oitava acima (Lá5) tem o dobro da freqüência da primeira (880Hz). Embora a diferença de freqüências entre Lá3 e Lá4 (220Hz) seja a metade da diferença entre Lá4 e Lá5 (880Hz) os intervalos são percebidos como sendo iguais. A mínima freqüência que o ouvido humano pode perceber está em torno de 20 Hz e a máxima, por volta de 20000 Hz. Normalmente se utiliza cerca de oito ou nove oitavas na composição musical padrão. Se tomarmos a afinação padrão adotada atualmente em que o Lá da oitava 4, (Também chamado de Lá de diapasão) tem 440 Hz, a oitava 0 se inicia em uma freqüência de aproximadamente 23Hz (Do0). As notas mais agudas normalmente usadas situam-se na escala 7 ou 8 e suas freqüências não ultrapassam os 5000Hz. Freqüências tão graves como as da escala 0 ou tão agudas como as da escala 8 não são utilizadas normalmente na composição musical, pois sua execução correta por instrumentos musicais comuns é dificil e porque situam-se nas zonas em que a percepção sonora é menos sensível. Embora freqüências muito baixas não possam ser ouvidas suas vibrações podem ser sentidas pelas cavidades do corpo. Alguns compositores de música eletroacústica se aproveitam deste fato e utilizam sintetizadores, computadores ou outros instrumentos eletrônicos para obter sons extremamente graves. A percepção de alturas está intimamente ligada aos conceitos de melodia, harmonia e afinação.

CONTRATEMPO na música, é um deslocamento do acento métrico natural do compasso.onde o acento que seria no tempo forte (naturalmente) acontece no tempo fraco através de um sinal de dinâmica como o sforzato. Outra maneira de caracterizar o contratempo é com o uso de ligaduras de portamento nos locais devidos que desloquem a métrica. Vale reforçar que, contratempo não é síncope.
No caso do sforzato, a nota é acentuada e desloca o forte (para o lugar do fraco). No caso da ligadura, a nota de onde parte a linha recebe mais acento que a seguinte.

HARMONIA, na música, constitui um conjunto de sons relacionados através da adoção de um sistema tonal fixo.
Para muitos, harmonia é sinônimo de música contudo, o conceito corrente da harmonia musical, do afinado ou desafinado, é algo tipicamente ocidental, que dificilmente se aplicaria à musica clássica chinesa ou hindu, dissonante aos nossos ouvidos.
Música chinesa, por exemplo: acreditava-se que sua principal função era sustentar – e reproduzir – a eterna harmonia entre o Céu e a Terra. Por isso nada se passava sem um som, fosse uma festa na corte ou um ritual aos ancestrais. Muito antes dos ocidentais, os chineses possuíam grandes orquestras com sopros, cordas e percussão. Cada instrumento era classificado conforme seu material: a categoria "Bambu" para muitos instrumentos de sopro, a "Madeira e Couro" para percussão, a "Pedra" para ressonadores, "Metal" para gongos e até mesmo "Seda" para o chin, uma cítara de sete cordas de espessuras diferentes.
A música oriental é apenas um dos casos em que é preciso acertar o ouvido para novas harmonias. Outro é o das
composições atonais, como as de Arnold Schönberg.

INTENSIDADE em acústica e música refere-se à percepção da amplitude da onda sonora. Freqüentemente também é chamada de volume ou pressão sonora.
Como ocorre com muitas outras grandezas, a percepção da intensidade pelo
ouvido humano não é linear, mas logarítmica. Isso significa que o ouvido só percebe variações de intensidade como lineares, se as amplitudes variarem exponencialmente. Para facilitar a medição da pressão sonora em relação à percepção auditiva, utiliza-se uma unidade logarítmica: o decibel (dB).
A percepção da intensidade também não é igual para qualquer
freqüência. O ouvido humano só consegue perceber sons entre aproximadamente 20 Hz e 20000 Hz. Próximo a esses limites, a percepção sofre atenuação. A faixa de freqüências em que a percepção é mais sensível é aquela normalmente utilizada pela música. Isso permite que as variações de intensidade ao longo da música (dinâmica) sejam melhor percebidas, dando maior riqueza à experiência musical.

LEGATO consiste em emitir/tocar/reproduzir notas successivas, de modo que não haja nenhum silêncio entre elas. O legato é uma maneira de tocar uma frase musical. A notação do Legato em solfejo corresponde a diferentes técnicas de execução, dependendo do instrumento que vai executar o legato. Opõe-se a staccato

MELODIA é uma suce ssão dos sons musicais combinados. É a voz principal, que dá sentido a uma composição musical. Encontra apoio na harmonia, que é a execução de sons simultâneos dos demais instrumentos ou vozes quando se trata de música coral.

MODULAÇÃO na música é um processo usado para modificar a tonalidade de um trecho musical ou de uma parte da música. O termo é modulação devido ao próprio significado da palavra: No artigo modulação (wikipédia pt) lê-se:
Modulação é o processo de variação de altura (amplitude), de intensidade, frequência, do comprimento e/ou da fase de onda numa onda de transporte, que deforma uma das características de um sinal portador (amplitude, fase ou frequência) que varia proporcionalmente ao sinal modulador.
De fato, musicalmente, conhecendo-se que a música trabalha com o
som que consiste de ondas sonoras, o termo é eficaz e correto, sendo que já se emprega desde o período classico.

NOTA MUSICAL é o termo empregado para designar o elemento mínimo de um som, formado por um único modo de vibração do ar. Sendo assim, a cada nota corresponde uma duração e está associada uma freqüência, cuja unidade mais utilizada é o Hz (hertz), a qual descreverá em termos físicos se a nota é mais grave ou mais aguda. Lembrando que o som fisicamente é uma onda (ou conjunto de ondas) que se propaga no ar com uma certa freqüência, sendo que se essas ondas estiverem com a freqüência na faixa de 20Hz a 20.000Hz, o ouvido humano será capaz de vibrar à mesma proporção, captando essa informação e produzindo sensações neurais, às quais o ser humano dá o nome de som. As ondas com freqüência bem baixa (entre 20Hz a 100Hz por exemplo, soam em nossos ouvidos de forma grave, e sons com freqüência elevada - por exemplo acima de 400Hz, soam de forma aguda).

OITAVA em música é o intervalo entre uma nota musical e outra com a metade ou o dobro de sua frequência. Refere-se igualmente como sendo um intervalo musical de 2/1.
O nome de «oitava» tem que ver com a sequência das 8 notas da escala maior: Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si Dó, a que se chama igualmente «uma oitava». E diz-se que o 2º Dó, o último grau da escala, está «uma oitava acima» do 1º.

OTORRINOLARINGOLOGIA é considerada uma das mais completas especialidades médicas, com características clínicas e cirúrgicas. Seu campo de atuação envolve as doenças do ouvido, do nariz e seios paranasais, faringe e laringe. A orelha ou ouvido é o órgão usado pelos animais para detectar ondas sonoras. Nos mamíferos ele se apresenta aos pares e se localiza na cabeça, podendo estar localizado em outras partes do corpo ou mesmo ser ausente em outros animais. Segundo a tradução da última edição da Nomina Anatomica (que mudou de nome, passando a chamar-se Terminologia Anatomica) para a língua portuguesa, publicada pela Sociedade Brasileira de Anatomia em 2001, usa-se orelha para designar tanto o órgão da audição em sua totalidade, como a parte visível e externa que corresponde ao pavilhão auricular. Em Portugal mantém-se a denominação de ouvido em lugar de orelha para o órgão da audição.

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Nariz é a parte externa do sistema respiratório de alguns animais. O nariz é constituído pelas fossas nasais e pela pirâmide nasal. A pirâmide nasal é a estrutura visível que forma proeminência na face. É constuída essencialmente por lâminas cartilagíneas. As fossas nasais compreendem o espaço situado entre as coanas e as narinas; são divididas pelo septo nasal. Os ossos que compõem o nariz são: o frontal, os nasais e os maxilares. Dentro do nariz existem pequenos fios, os cílios, que são cobertos por um líquido pegajoso, o muco. As partículas de poeira e microrganismos do ar grudam nesse muco e com o movimento dos cílios são varridos para forra do corpo ou para a garganta, e se forem engolidos seram digeridos pelas enzimas produzidas ao longo do tubo digestório.
A faringe é parte do aparelho digestivo de muitos animais, começando imediatamente após a
boca e indo até o esófago. Nos homens, vai também até à laringe, sendo um canal comum ao aparelho digestivo e ao aparelho respiratório. De modo geral entre os mamíferos a faringe é ponto de encontro entre estes dois aparelhos. A sua comunicação com a laringe está protegida por uma lâmina chamada epiglote, que atua como uma válvula: durante a inspiração, o ar passa das fossas nasais para a laringe, fazendo com que a epiglote se mova de forma a obstruir a entrada do esófago, conduzindo o ar para o canal correcto (traquéia). Na faringe ocorre o fenómeno da deglutição, em que a epiglote fecha a laringe (impedindo que alimentos cheguem à traquéia). Em seguida o alimento desce para o esófago. A faringe humana é divida em nasofaringe, localizada posteriormente à cavidade nasal; orofaringe, posterior à cavidade oral; e laringofaringe, posterior à laringe.
A laringe é um órgão fibromuscular, situado entre a traquéia e a base da língua. Consiste em uma série de cartilagens, como a tiróide, a cricóide e a epiglote e três partes de cartilagens: aritnóide, corniculada e cuneiforme, todas elas revestidas de membrana mucosa que são movidas pelos músculos da laringe. As dobras da membrana mucosa dão origem às pregas vocais; as de cima, falsas; as de baixo, verdadeiras. Resumindo, é um tubo muscular, que permite a passagem de ar para a faringe.

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RITMO vem do grego Rhytmos e designa aquilo que flui, que se move, movimento regulado. O ritmo está inserido em tudo na nossa vida.
Nas artes, como na vida, o ritmo está presente. Vemos isso na
música e no poema
. Temos a nos reger vários ritmos biológicos que estão sujeitas a evoluções rítmicas como o dos batimentos cardíacos, da respiração, do sono e vigília etc. Até no andar temos um ritmo próprio.

STACCATO ou «destacado» — designa um tipo de fraseio ou de articulação no qual as notas e os motivos das frase musicais devem ser executadas com suspensões entre elas, ficando as notas com curta duração. É uma técnica de execução instrumental ou vocal que se opõe ao legato.
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SOLFEJO, no conceito da música ocidental, é a arte de cantar os intervalos musicais, seguindo as respectivas alturas (frequências) e rítmos anotados em uma partitura. Várias são as técnicas de solfejo mas duas se destacam: a técnica do dó móvel na escala diatônica e a técnica cromática

VIBRATO (expressão de origem italiana, literalmente traduzida como vibrado) consiste na oscilação de uma corda de um instrumento musical, utilizando-se um dedo, produzindo assim um som diferenciado, "vibrante", como sugere o nome. Esta técnica é também utilizada com a família do violino (violino, viola, violoncelo, contrabaixo) ou seja, de uma forma geral, em outros instrumentos de cordas. Pode ser também aplicado em instrumentos de sopro, através da vibração do diafragma.